Chegou há quase três meses à Universidade dos Açores para fazer um estágio através do programa Leonardo da Vinci. Com lugar assente no Departamento de Línguas e Literaturas Modernas, Rocío Luque Magañas fica até final de Maio a desenvolver o seu trabalho
Aos 25 anos de idade, Rocío Magañas é doutoranda em Cinema e Fotografia na Universidade de Málaga. Com um estilo descontraído e simples, fala com paixão sobre a imagem. Nascida em Espanha, licenciada em Fotojornalismo e especialista
Da sua passagem pela ilha de São Miguel fala com bastante entusiasmo e garra. Veio através de uma bolsa de trabalho do programa europeu Leonardo da Vinci, que conseguiu com muito trabalho e dedicação, “tive que passar nuns exames para poder vir… vim através de uma bolsa vou ficar aqui durante três meses e meio, e muito contente”, refere a fotojornalista com um sorriso no rosto.
Veio em busca de novos conhecimentos e de novas experiências. Além disso, o gosto pelo contacto com culturas e tradições diferentes também contribuíram para a sua partida de Espanha. Quando chegou a Ponta Delgada pensava que lhe tinham reservado lugar para estagiar numa rádio, mas depois “disseram-me que era possível trabalhar na Universidade e para mim é muito bom, porque estou a fazer um doutoramento em Espanha, sobre cinema e fotografia, e encontrei o que estava realmente à procura, a experiência que procurava”. Segundo Rocío, a experiência combina na perfeição com as suas expectativas e objectivos, “a transmissão de conhecimentos e também a possibilidade de falar de temas que me interessam e sobre os quais me estou a especializar”.
Relativamente à fotografia, é adepta do analógico: prefere ser ela própria a determinar qual a luz, o contraste e a focagem, e a efectuar todo o processo de revelação. São as suas fotografias, desde o click ao papel. Segundo ela, as fotografias digitais não tem tanta beleza quanto as analógicas.
Quanto aos trabalhos que se fazem nos Açores, Rocío diz não ter muito conhecimento, porque só teve possibilidade de ver uma exposição fotográfica sobre os Romeiros de São Miguel, que diz ter gostado muito, “porque eram todas muito documentais, de como faziam o caminho, os romeiros e tudo mais”. Ficou muito surpreendida pela beleza e qualidade das imagens, “porque reflectiam realmente o sentido que o caminho tem para eles e, quando uma fotografia expressa realmente o que queres dizer, podes captá-lo no momento em que vês a fotografia”, refere Rocío.
A sua máquina fotográfica também veio para os Açores e já disparou alguns flashes. Ao percorrer a ilha, a espanhola ficou encantada com algumas paisagens que lhe valeram “fotografias recordação”: “fui às furnas, às Setes cidades” e pensa que “são sítios tão espectaculares que quando chegas ficas um pouco de tempo a tranquilizar e dizes “bem, agora vou tirar umas pequenas fotos para as minhas recordações”, termina Rocío.
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